Estou relembrando a sexta-feira passada, quando eu preparei o jantar para um grupo de amigos franceses que se reúnem mensalmente em volta de algumas boas garrafas de vinho.
A proposta da noite era de provar dois vinhos com cada prato e escolher qual dos dois vinhos harmonizava melhor. Era uma noite de descoberta, de aprendizado, de questionamento.
O cardápio escolhido foi o Exótico, com especiarias e ingredientes... Exóticos!
Os camarões tailandeses da entrada, que levavam gengibre, alho, capim limão, cebolas roxas, foi testado com um rosé e um branco: o Chileno Cherub Syrah Rosé 2009 da Viña Montes, 29,90$ e Americano Caymus Conundrum 2006 (Caymus), 59,90$ (valores em US$, pois os vinhos eram da Mistral). O preferido com unanimidade foi o rosé, pois o branco escolhido, embora muito bom, era potente demais para a delicadeza do prato.
O frango asiático, feito no molho de soja, molho de ostra, anis estrelado, açúcar mascavo e uma pitada de canela (creiam, foi a sensação da noite!) foi testado com dois tintos: Woodthorpe Gamay Noir da Nova Zelândia (Te Mata), 36,90$, e o Porcupine Ridge Collection Syrah/Viognier 2007 da África do Sul (Boekenhoutskloof), 49,90$. Aqui houve empate, pois enquanto alguns preferiram o Gamay outros preferiram o Syrah/Viognier.
A sobremesa, um creme de bananas no leite de coco, com figos verdes em calda e figos frescos caramelados foi servido com Montes Gewürztraminer Lata Harvest, 29,90$.
A noite correu alegremente, sob um pergolado muito simpático de um belo jardim recheado de velas. Uma fórmula muito simpática de aproveitar os amigos, boa comida e bons vinhos, sem arrogância alguma, e com muito espaço para aprender.
Pois é, os franceses são mesmos os mestres da gastronomia e do savoir vivre!
